Porto dos sentidos
mcarvas, 17.05.09
Sono solto, sono parco
sono de fraco sentido
e é num sono perdido
que mergulha o Deus Baco!
Arrasta com ele esperança
lavando toda a fé da mente
despoja num corpo que sente
a mais ténue lembrança.
Da forte côr do licor
subsistem seus sabores
largando no ar odôres
que abafam, sua viva côr!
Nessa mente inconsciente
nasce e medra a fantasia
grassa em canto a primazia
de um contentamento descontente.
Parte sulcando nas aragens
nos sonhos se deleita a mente
que adormece lentamente
pairando por tenras pastagens...
Graça em grassa o não sentir
que dá sentido ao incauto
que ao despertar desse intento
sufraga mil espasmos a sorrir!...
MC