MAR D'ÀGUA
mcarvas, 26.03.13
Medram hostes, do nada
Vertidas em campos rosados
Tolhem, todos os prados
Sortes estas, malfadadas.
Senti-te baixinho a orar
Chorando, bem junto a mim
E num crepitar sem fim
Teus olhos a marear!
O mar d'àgua se esbateu
E logo o sol despontou
De fulgor, tudo tomou
Quando em ti se deitou.
Honraria, te seja feita
Sem desdém ou preconceito
Vingue forte em teu peito
A liça de tua desfeita.
Campina, de olhos tristes
Carregas em ti forte peso
Essa cruz de arremesso
Cavalgando tempo agreste!
Voa bem alto franzina
De roupagem colorida
Seja a luz, tua guarida
Num mar de despedida.
MC