CANTARES
mcarvas, 29.01.13
Cantando, transpira a alma
Num solfejo de palavras
Esconjura temores, amarguras
Um breve tempero que acalma.
Nas quadras de alinhavo
Soltam-se cravos e espinhos
Que tão!... Marcam o caminho
Nesse palrar tão esquivo.
Sou todo aquele, e o outro
Que retoma a cada tempo
Sem sossego, nem momento
Se atola em seu tormento.
Grilhetas em seu bailado
Moldam tudo por perdido
É nesse fado desmedido
Que tudo perde o sentido
MC