Dia intemporal
mcarvas, 29.11.08
Uma chuva tão fria caía
tornando o ar tão soturno
das névoas saíu um huno
entre o louco e a euforia.
Prazer maior não tinha
que esta benção dos céus
orava a Deuses ateus
desfiando a ladaínha.
Sua essência, um mistério;
Dono de um porte altivo
que neste mundo está cativo
entre o demo e o etéreo.
Com suas crinas douradas
esvoaçando sobre o dorso
fúria de um guerreiro corso
com todo o pêlo eriçado.
Para as névoas ele voltou
p'ra seu refúgio sagrado
não é p'ra todos um agrado
o mito que dele se gerou!...
Meio homem e animal
só pode ser coisa do demo
parido sem qualquer termo
num dia intemporal.
MC