FORJAS
mcarvas, 26.02.13
Canta-lo é enternece-lo
Envolve-lo pois, de mansinho
vesti-lo sim, de azevinho
É não mais querer esquece-lo!
O manto que cobre a aurora
cavalga ventos do norte
Uiva nos vales tão forte
Fedendo por dentro e por fora...
Trémula a luz serpenteia
Por entre folhados escondidos
quiçá, veledas perdidas
Neste cosmo que enxameia.
Despi-lo pois dessas franjas
Que de tão,... em si se alongam
tão vastas são que prolongam
A rudeza destas forjas!
Malham o passado, presente
Num grito forte, tão escuro
Senti-lo, é já tão duro
Que o tempo se apaga ausente.
MC