PRAÇA DOS SILÊNCIOS
mcarvas, 26.02.13
O vôo da noite, pousou
Sobre o lugarejo perdido
Entre o xisto empedernido
Nem de espreitar, alguém ousou!
Com seu uivo arrebeta
As franjas que o luar semeou
Sob si já domou
O trapo de luz que desbota.
Passos de fraca firmeza
Ecoam na escarpa encravada
Calcando carreiros do nada
Vagueia envolta em tristeza.
A cria do homem tem mêdo
Mêdo de não ver mais além
Curte na noite o desdem
Da luz que lhe foge, tão cedo!
Que praças de silêncios estes
que não vislumbram ninguém!
Tolhem caminhos que vêm
Gerem arribas funestas!...
A crias do homem, tem mêdo
Mêdo de não ir mais além!...
MC