Resumindo
Corria o ano de 2013,na entrada do verão
Quando um fusco mal passado
Saca injúrias deprimentes
E num rebate consciente
Bolsa com pompa a demissão.
Há muito tal pejo ausente
Lhe tinha toldado a razão...
Logo a swap desvairada
Já solta e desinibida
Melada por tanta Europa
E pela santa cornucópia
Eriçou franja e poupa
Que só de uma assentada
Na cadeira foi bolçada
Para gerar netos e tios
E muitos filhos gentios
Quejandos de pretendentes
E credores de ilusões
Prostraram-se em contemplação
Onde mais meter a mão.
O assanho foi total
Quan breve surgiu no largo
Excomungando o cargo
Afoito, o puto do taxi
Que para não fugir á praxis
Defeca suja demissão.
Envolto em irrevogável sinal
Com ténue ponto de luz
Pois esteva prenhe de pus
Eis que de uma so penada
Com anteparas esfarrapadas
Ainda o morto estava quente
Dá o dito,por não dito
Não vá surgir assaz pretendente
Solta um ar muito expedito
De um actor,deveras sabido
Embolsa outra comissão
Com rasgo de forte razão.
Foi tal o cacarejar
Que se ergueu no quintal
Que as galinhas exauridas
Em já forte pantanal
Largaram milho aos pombos
Para assentar o vendaval
Que lá dos lados d'além
Bem no centro de matusalém
Onde o vento vai e vem
Surge um odre em seu totem
Com sua crista emplumada
Um comensal,vulgo irado
Lá pá ilha dos patolas
Que sem sequer olhar pró lado
Numa sonata de mercados
Os volta a colar de novo
Bem no seio deste povo
Que de lorpa,já tem tudo
Pois de tão cego,surdo e mudo
Acantonou de gandaia
No extenso grude da praia
Esperando que á porta,Agosto
Que já solta cheiro a mostro
E muita estrela cadente
Lhe bolceie de presente
O que nunca alcançou
Nem por tal lutar ousou!
Tem em sorte o que lhe calhou
Coisa potrida e esbaforida
Que é pois bem mais que merecida.
MC