LICENÇA
II
O peido, só tem um sentido
Chegar à porta de rompante
Mas se preso, por um instante
Então, vai ter alarido.
O peido, perde o sentido
Para criar afirmação
Mas da grande satisfação
Quando sai comprimido.
O peido, é coisa boa
E não há quem o não larga
Mesmo quando se caga
No fundo, tudo entoa.
Peida forte, a criança
A menina, e quando adulto
Até o cobarde faz força
E o padre, peida por indulto.
A moça, se elegante
Peida descontraída
Mas fica arrependida
Ao ouvir o cantante.
A mulher avantajada
Não peida,sem ser aos pares
Não tem medo dos ares
Nem de acabar com a boda.
Quando a mulher é magra
Não lhes garante guarida
E numa festa aguerrida
Ri, muito enquanto caga.
Já a mulher poderosa
Caga de qualquer maneira
Diz que não é brincadeira
E peida-se sempre à grosa.
A miss, a custo se larga
E sempre em duplo sentido
Mas com ar comprometido
Fala muito enquanto peida.
A velha, volta-se e peida
Mas sem qualquer preconceito
Diz que lhe apanhou o geito
E não se cala enquanto peida.
O peido, não é brincadeira
E o bufante agradece
Se preso, apodrece
E pode soltar caganeira.
Se ao transar,sentir mau hálito
Cuidado, canal errado
A boca é do outro lado
A não ser força do hábito.
Peida a freira no convento
O médico, no hospita
O juíz no tribunall
E o papa, so larga vento.
O político no parlamento
Peida de qualquer maneira
O ardina, peida na feira
E o aluno na carteira.
O governo, por comportamento
Diz que so peida a direito
Quando chega ao presidente
Esse, só peida por decreto.
Tudo peida minha gente
Por vontade ou tentação
Não percam pois a razão
Ao deixar peido pendente.
MC